O juiz Marco Couto, titular da 1ª Vara Criminal do Fórum Regional de Jacarepaguá, condenou os réus Gonçalo Nuno Jansen Verdades Brecha de Carvalho, Alex Wenske da Rocha e Francisco José Silva Neves por associação criminosa para o tráfico de drogas. Os três montaram um sistema de “disque-drogas”, que eram comercializadas em casas noturnas na Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

Gonçalo, considerado o comandante do “disque-drogas”, foi condenado a nove anos e seis meses de reclusão em regime fechado e 1.650 dias-multa. Já Alex e Francisco José foram condenados a quatro anos e seis meses de reclusão, também em regime fechado, e 1.050 dias-multa. Também eram integrantes da quadrilha Michael Chavier de Almeida, morto em 2014, e outro homem ainda não identificado, conhecido apenas como Ivan.

“O réu e os seus comparsas estabeleceram verdadeiro disque-drogas, criando um sistema de distribuição de entorpecentes capaz de atingir um número imenso de pessoas. Além disso, o tal “disque-drogas” atuava nas casas noturnas de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca, atingindo um grande número de jovens, aos quais as drogas eram levadas mediante uma simples ligação telefônica”, destacou o magistrado.

De acordo com as investigações, a quadrilha atuou, pelo menos, até julho de 2014, quando foi presa.  Os denunciados recebiam os pedidos de drogas através dos telefones e as adquiriam nas “bocas de fumo” localizadas no Morro do Banco e na Rocinha. Em seguida, a encomenda era entregue no local marcado pelo cliente. Gonçalo comandava as operações, auxiliado por Francisco. Alex e Michael atuavam como moto-taxistas buscando as drogas nas bocas. Ivan era responsável pela entrega das drogas aos clientes.

O magistrado negou aos réus a possibilidade de recorrerem da condenação em liberdade e decretou a prisão preventiva dos três, para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal.

“A organização criminosa dos acusados atuava em casas noturnas de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca, atingindo jovens aos quais as drogas eram levadas após uma simples ligação telefônica. Não se pode admitir que tal organização atinja tantas pessoas, sendo a maioria delas jovens frequentadores de casas noturnas, de modo que a ordem pública autoriza a segregação cautelar dos acusados”.

Processo nº 0013233-47.2014.8.19.0203